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Escarafunchamentos

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Aborto: direito ou crime?


  Um aborto é a expulsão prematura de um feto do útero ou embrião, resultando na sua morte. Isto pode ocorrer sob a forma de um aborto voluntário, involuntário ou terapêutico.

  Em Portugal o aborto foi legalizado em 2007 e é permitido até à 12ª semana.

  O problema central do aborto baseia-se na pergunta: quando é que começa a vida? Segundo a minha visão neurológica sobre o mesmo, começa quando há atividade cerebral: que começa mais ou menos ao segundo ou terceiro mês de gestação.

  A vida é o oposto da morte, uma pessoa é declarada morta quando há morte cerebral, daí a vida também só começar aquando da atividade cerebral.

  Eu acho que o aborto é um direito porque:

  • • Quando uma mulher ainda não iniciou a sua atividade sexual e não planeia ter filhos e é, por exemplo, violada, a meu ver a vítima tem total direito em exercer o aborto. Se uma mulher tiver um filho fruto de uma violação, ela até pode vir a gostar do filho mas irá recordá-lo sempre como fruto de uma violação, de um momento de dor. Houve um caso em Nicarágua em que uma menina de 12 anos estava grávida por causa de uma violação e não lhe deixaram fazer o aborto, é absurdo.

  • • Quando o feto põe em risco a vida da gestante é melhor fazer um aborto terapêutico para dar fim à gestação, ou mesmo quando de uma gestação resultasse uma criança com problemas congénitos, que seriam fatais ou associados com enfermidades fatais. É melhor que viva uma pessoa do que um feto que ainda não está vivo, se este colocar em causa a vida da gestante.
  • • Se este for um direito irá ser legal, pois as mulheres nos países em que o aborto não é legal têm que recorrer a abortos ilegais, como por exemplo: abortos através das drogas, medicação, etc. e não são feitos por médicos com habilitações para tal. Quando apelam a esses métodos correm risco de vida devido aos problemas de saúde associados e verifica-se o aumento a mortalidade maternal.

  Eu, como não católica que sou, não acredito que é deus que faz “germinar” a vida. Se assim fosse significava que cerca de metade de todos os seres humanos morre nos primeiros dias (já que é muito comum o embrião não conseguir fixar-se na parede do útero sendo expelido naturalmente pelo corpo), sobreviveria pois porque haveria de deus, o que dá a vida, tirar a vida assim tão depressa?

  Se a damos também podemos tirar de uma forma racional, claro. E por último, se para a igreja a vida é o encontro entre o óvulo e o espermatozoide e portanto não há qualquer diferença entre um zigoto de 3 dias, um feto de 9 meses e um homem de 90 anos, mas então porque não existem velórios com coroas de flores, orações e pessoas de luto para embriões que morram nos primeiros dias de gravidez? Não é a lei de deus que resume-se em amor?! 


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